Família Thomsen – A nomenclatura patronímica

Na família Thomsen, em ramos bastante antigos (antes do ano de 1800), podemos observar uma variação bastante grande do sobrenome que foge do sobrenome tradicional “Thomsen”.

Nome de família

Por exemplo:

THOMAS JENSEN (nascido antes de 1674, falecido em 05/08/1752) teve um filho chamado Jürgen Thomsen.

JÜRGEN THOMSEN (nascido antes de 1709 e falecido em 30 de maio de 1787) teve um filho chamado Thomas Jürgensen.

THOMAS JÜRGENSEN (nascido em 18/11/1744 e falecido em 18/03/1815) teve um filho chamado Peter Thomsen.

PETER THOMSEN (nascido em 25/10/1784 e falecido em 07/10/1845) teve um filho chamado Thomas Friedrich Thomsen.

Até a geração de Peter, todos nasceram e faleceram em Schleswig-Holstein, na Alemanha. Thomas Friedrich Thomsen nasceu em Schleswig-Holstein e faleceu no Brasil (em Blumenau/SC). Thomas consta na lista de imigrantes pioneiros da colônia Blumenau.

Família Thomsen nascidos na Alemanha
Família Thomsen nascidos na Alemanha

Notem que, diferente do sobrenome tradicional que conhecemos, onde este permanece sempre o mesmo, ou seja, um único sobrenome de família, podemos verificar que houve uma variação no sobrenome dos indivíduos.

Várias as razões para esse sobrenome “diferente”. Uma delas que ao filho é atribuído o nome do seu pai acrescido da terminação “sen”. Ou seja, nesta condição o filhos de Thomas recebeo o sobrenome Thomsen.

Um exemplo de “nomeação patronímico”: Hans Momsen, era filho de Momme Jensen, neto de Jens Jacobsen e bisneto de Jakob Lütsen. NOTEM: Momme -> Momsen; Jens -> Jensen; Jakob -> Jacobsen;

Um outro detalhe importante é observar que estamos falando de pessoas que nasceram antes do ano de 1800. E na localidade de Schleswig-Holstein, atualmente Alemanha, que naquela época este local era um ducado da Dinamarca onde existia essa tradição do sobrenome.

Em 08/11/1771, nomes de família concretos foram introduzidos por decreto real no Ducado de Schleswig. O decreto trazia a assinatura de Christian VII, lançado pelo médico pessoal do rei louco, dr. Johann Struensee (1737-1772). Com mais de 1.800 decretos, ele tentou reformar o reino em dificuldades econômicas. A proibição da nomenclatura patronímica era apenas uma delas. Deve ajudar a pôr fim às suas consequências, porque a mudança tradicional de sobrenome leva “em casos de herança, em termos de legitimidade, muita incerteza e disputas extensas, bem como a liderança da dívida e protocolo de penhor para vários transtornos”. Struensee fez muitos inimigos através de seu zelo pela reforma e foi preso em janeiro de 1772 e executado três meses depois. No entanto, a proibição de mudar nomes de família permaneceu. No entanto, as antigas regras permaneceram em uso em muitos lugares até o século XIX.

Cristiano VII foi o Rei da Dinamarca e Noruega de 1766 até sua morte. Era filho de Frederico V e sua primeira esposa Luísa da Grã-Bretanha. O reinado de Cristiano foi marcado por um transtorno mental que afetava suas decisões, e durante a maior parte de seu reinado ele foi rei apenas nominalmente.

Nota: A nomenclatura patronímica deve ser considerada especialmente na busca por ancestrais.

O patronímico (do grego πατρωνυμικός, πατήρ “pai” e ὄνομα, “nome”) é um nome ou apelido de família (sobrenome) cuja origem encontra-se no nome do pai ou de um ascendente masculino.

Referências

Wikipedia – Cristiano VII da Dinamarca

Patronymische Namensbildung

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *